Outubro Rosa: Fato ou Fake sobre câncer de mama

Mitos e verdades que ainda confundem pacientes e como a ciência pode esclarecer cada um deles

A campanha Outubro Rosa trouxe avanços importantes na conscientização sobre o câncer de mama, mas junto com a informação correta ainda circulam muitos boatos que confundem pacientes e podem atrasar a busca por diagnóstico. Para ajudar a separar ciência de desinformação, reunimos as principais afirmações sobre a doença e mostramos, com base em evidências, o que é fato e o que é fake.

“O câncer de mama é o tipo mais frequente entre mulheres no Brasil.”
👉 Fato. É o câncer mais comum entre mulheres, com mais de 73 mil casos novos ao ano segundo o INCA¹.

“O autoexame substitui a mamografia.”
👉 Fake. O autoexame ajuda a perceber alterações palpáveis, mas não substitui a mamografia, que detecta nódulos pequenos e microcalcificações².

“A mamografia reduz a mortalidade por câncer de mama.”
👉 Fato. Estudos populacionais mostram que o rastreamento periódico está associado à diminuição de mortes pela doença².

“No Brasil, a mamografia deve começar aos 50 anos.”
👉 Fake. A Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda iniciar aos 40 anos, posição também adotada por sociedades internacionais³.

“A herança genética responde pela maioria dos casos.”
👉 Fake. Apenas 5% a 10% dos diagnósticos estão ligados a mutações hereditárias como BRCA1 e BRCA2⁴.

“Estilo de vida influencia no risco de câncer de mama.”
👉 Fato. Sedentarismo, excesso de peso e álcool aumentam o risco; já atividade física, dieta equilibrada e amamentação oferecem proteção⁵⁶.

“A terapia hormonal da menopausa sempre causa câncer de mama.”
👉 Fake. O uso prolongado pode elevar discretamente o risco, mas não significa que toda mulher em tratamento terá câncer. O risco é baixo e deve ser avaliado individualmente⁷.

“Trauma no seio pode causar câncer de mama.”
👉 Fake. Pancadas não causam a doença; podem apenas revelar um nódulo já existente⁸.

“Sutiã apertado ou com aro aumenta o risco de câncer de mama.”
👉 Fake. Estudos não encontraram nenhuma relação entre uso da peça e surgimento da doença⁹.

“A mamografia pode espalhar células cancerígenas.”
👉 Fake. O exame usa radiação em baixa dose e não há mecanismo biológico que sustente essa hipótese¹⁰.

“O açúcar alimenta o câncer.”
👉 Fake. O açúcar não causa câncer diretamente, mas o consumo excessivo favorece obesidade, que é fator de risco¹¹.

“Estresse e tristeza causam câncer de mama.”
👉 Fake. Saúde mental afeta a qualidade de vida, mas não há evidências de que provoque o surgimento da doença¹².

“O aborto induzido aumenta o risco de câncer de mama.”
👉 Fake. Revisões de larga escala descartaram qualquer associação entre aborto e câncer de mama¹³.

“Próteses de silicone causam câncer de mama.”
👉 Fake. Implantes não aumentam o risco, apenas exigem atenção extra nos exames de imagem¹⁴.

“O câncer de mama tem vários subtipos.”
👉 Fato. Existem tumores hormonais, HER2 positivos e triplo negativos, cada um com características e tratamentos específicos¹⁶.

“Homens também podem ter câncer de mama.”
👉 Fato. Embora raro, representam cerca de 1% dos casos¹⁷.

“A sobrevida pode ultrapassar 90% quando o câncer é diagnosticado cedo.”
👉 Fato. Com diagnóstico precoce e tratamento adequado, as chances de cura são altas¹⁶.

“Avanços recentes melhoraram o tratamento.”
👉 Fato. Novas terapias-alvo e imunoterapias ampliaram as opções e melhoraram o prognóstico em casos agressivos¹⁸.


Referências

  1. Instituto Nacional de Câncer (INCA). Estimativa 2023: Incidência de Câncer no Brasil. https://www.inca.gov.br/publicacoes/livros/estimativa-2023-incidencia-de-cancer-no-brasil
  2. Independent UK Panel on Breast Cancer Screening. The benefits and harms of breast cancer screening: an independent review. The Lancet. 2012;380(9855):1778–1786. https://www.thelancet.com/journals/lancet/article/PIIS0140-6736(12)61611-0/fulltext
  3. Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM). Cartilha 2022. https://sbmastologia.com.br/wp-content/uploads/2024/08/Cartilha-SBM-2022-digital-2.pdf
  4. Kuchenbaecker KB, et al. Risks of breast, ovarian, and contralateral breast cancer in BRCA1/BRCA2 carriers. JAMA. 2017;317(23):2402–2416. https://jamanetwork.com/journals/jama/fullarticle/2632503
  5. Lauby-Secretan B, et al. Body Fatness and Cancer — Viewpoint of the IARC Working Group. NEJM. 2016;375:794–798. https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMsr1606602
  6. Chowdhury R, et al. Breastfeeding and breast cancer risk: an extensive review and meta-analysis. Acta Paediatr. 2015;104(467):96–113. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/26172878/
  7. Collaborative Group on Hormonal Factors in Breast Cancer. Type and timing of menopausal hormone therapy and breast cancer risk: individual participant meta-analysis. The Lancet. 2019;394:1159–1168. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/31474332/
  8. Gatta G, et al. Clinical, mammographic and ultrasonographic features of non-iatrogenic breast trauma. Radiol Med. 2006;111(6):836–846. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/16784829/
  9. Chen L, Malone KE, Li CI. Bra wearing not associated with breast cancer risk: a population-based case-control study. Cancer Epidemiol Biomarkers Prev. 2014;23(10):2181–2185. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/25192706/
  10. Hendrick RE. Radiation doses and cancer risks from breast imaging studies. Radiology. 2010;257(1):246–253. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/20736332/
  11. Chazelas E, et al. Sugary drink consumption and risk of cancer: results from the NutriNet-Santé cohort. BMJ. 2019;366:l2408. https://www.bmj.com/content/366/bmj.l2408
  12. Schoemaker MJ, et al. Psychological stress, adverse life events and breast cancer incidence: a cohort study. Breast Cancer Research. 2016;18:72. https://breast-cancer-research.biomedcentral.com/articles/10.1186/s13058-016-0733-1
  13. Collaborative Group on Hormonal Factors in Breast Cancer. Breast cancer and abortion: collaborative reanalysis. The Lancet. 2004;363(9414):1007–1016. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/15051280/
  14. Noels EC, et al. Breast implants and the risk of breast cancer: a meta-analysis of cohort studies. Aesthetic Surgery Journal. 2015;35(1):55–62. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/25568234/
  15. Allemani C, et al. Global surveillance of cancer survival 1995–2009 (CONCORD-2). The Lancet. 2015;385:977–1010. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/25467588/
  16. Giordano SH. Breast cancer in men. NEJM. 2018;378:2311–2320. https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMra1707939
  17. Cortes J, et al. Pembrolizumab plus chemotherapy in advanced triple-negative breast cancer (KEYNOTE-355). NEJM. 2022;387:217–227. https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa2202809

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